domingo, 27 de março de 2011

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Agrupamento de Escolas do Concelho de Alfândega da Fé
Escola Básica e Secundária


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL TRIUNFO DAS REVOLUÇÕES LIBERAIS 
Disciplina de História
Professor: João Nunes

Trabalho elaborado por :
           
Elisa Martins Nº7 -  8ºB
Ano lectivo 2010/2011

Índice

Subtítulo 1
Revolução Industrial em Inglaterra

Subtítulo 2
Novas fontes de energia e novos Inventos Técnicos

Subtítulo 3
A Expançao da Revoluçao Industrial

Subtítulo 4
A Revolução dos Transportes

Subtítulo 5
O liberalismo Económico

Subtítulo 6
Contrastes e Antagonismos Sociais

Subtítulo 7
Modificações do Quotidiano

Subtítulo 8
Sociadade e Mentalidade Burguesas

Subtítulo 9
O Operariado: pauperismo e agitação social

Subtítulo 10
Movimento Sindical

subtítulo 11
O Aparecimento e a Evolução das Ideias Socialistas

SUBTÍTULO 1 -REVOLUÇÃO INDUSTRIAL EM INGLATERRA

A Revolução Industrial teve inicio nos fins do século XVIII em Inglaterra, porque já tinha passado por uma revolução agrícola e tinha um série de condições tais como a aplicação da máquina a vapor na Indústria e nos transportes, que lhe permitiam iniciar esta revolução.
Esta revolução foi progressivamente alagando-se a outras regiões do Mundo.

Condições que favoreceram a prioridade inglesa:

-Abundância de matérias- primas fornecidas pelo desenvolvimento da agricultura, criação de gado e riqueza do subsolo( carvão e ferro).
-Muita mão de obra disponível devido a mecanização da agricultura.
-Desenvolvimento das manufacturas em grande escala aplicando inventos técnicos
-Um vasto mercado de escoamento dos produtos tanto na metrópole como nas colónias.
-boas vias de comunicação, portos naturais e rios e canais navegáveis.
-Uma burguesia e uma nobreza empreendedora protegidas pelas reformas politicas do sec. XVII  em que triunfaram as ideias liberais.

Nos finais do séc. XVIII  e meados do séc. XIX a industria inglesa desenvolveu-se em 2 grandes factores têxtil e metalurgia.

A Indústria de têxtil do algodão, produzia grandes quantidades de tecidos para a Europa e América e exigia pouco capital e a mão de obra não era especializada. Estas fábricas ficavam junto aos rios e perto dos portos.
A partir de 1830 devido a revolução dos transportes a industria metalúrgica e minera tiveram um papel muito importante.
Na segunda metade do séc. XIX desenvolveram-se a indústria química e a electricidade.
Com a descoberta da força do vapor, utilizada nas fábrica na navegação e nos transportes sobre carris, alterou o sistema de produção e, consequentemente, as condições de vida dos homens.

Podemos dividir a Revolução Industrial em três fases ou, como alguns historiadores actuais, falar de três Revoluções Industriais:

1ª- A da máquina a vapor e do carvão – nos fins do século XVII e primeira metade do século   
      XIX
2ª -A da electricidade e o motor de explosão- nos fins do século XIX e princípios do século XX
3ª:-A da energia nuclear- em curso nos nossos dias em alguns países.


 
 










Alterações no regime de produção:
Passou-se de :

Produção manufactura  a  produção maquino factura
Unidade de produção: a Oficina a unidade de produção: a Fábrica

Produção em pequena escala a produção em larga escala
Predominância do trabalho manual à Introdução da máquina
Artífice (artista) a Operário (proletário)

SUBTÍTULO 2 - NOVAS FONTES DE ENERGIA E NOVOS INVENTOS TÉCNICOS



Por volta de 1870 houve importantes mudanças na Indústria a nível mundial.
Na segunda metade do séc. XIX deram-se avanços significativos na ciência e na técnica.
 
Por exemplo:
-A invenção da turbina e do dínamo permitiu a produção de electricidade, a descoberta de poços de petróleo e a invenção do motor de combustão permitiram a utilização de novas fontes de energia: a electricidade e o petróleo (gasolina e gasóleo).


Apareceram indústrias novas:
-Indústria química (medicamentos, papel, explosivos etc…)
-Indústria de matérias eléctricos que produzia aparelhos eléctricos e electrodomésticos.
-A Indústria do aço que se desenvolveu devido a construção de pontes máquinas e carris de  ferro. 

SUBTÍTULO 3 -A EXPANÇAO DA REVOLUÇAO INDUSTRIAL


Ao longo do Séc. XIX, a partir de 1870 a revolução industrial alargou-se a outros países da Europa aos Estados Unidos e ao Japão.
Depois da Inglaterra e da Bélgica os países onde a indústria mais sem desenvolveu foi na Alemanha e na França:
-A Alemanha era rica em matérias primas e dedicou-se a industria metalúrgica e nos finais do século XIX desenvolveu-se muito a industria do algodão e produtos químicos.
-A França a partir de 1840 desenvolveu a rede de caminhos-de-ferro e desenvolveu a exploração mineira e metalúrgica.
Os Estados Unidos da América, na segunda metade do século era um país muito rico em matérias-primas e depois da construção do caminho-de-ferro o comércio interno desenvolveu-se aparecendo novas industrias (metalurgia e têxtil).
O Japão também começou a sua industrialização nos finais do século XIX.
Neste iniciou-se um revolução para modernizar o país quando os americanos obrigaram os japoneses abrir os seus portos ao comércio. Construíram-se fábricas, caminhos-de-ferro e desenvolveu-se a Construção naval e Indústria de têxteis.

SUBTÍTULO 4 - A REVOLUÇÃO DOS TRANSPORTES

Os avanços na ciência e na técnica e a industrialização contribuíram para o desenvolvimento dos meios de transporte e das comunicações.

Foi a aplicação da força a vapor, nomeadamente ao barco e à locomotiva que provocou o início da Revolução dos Transportes.

A revolução industrial sofreu grande impulso graças ao desenvolvimento dos transportes sobretudo dos caminhos-de-ferro
O barco a vapor permitiu a desolação de milhões de pessoas da Europa para a América em especial para os Estados Unidos.
Nos transportes terrestres o comboio tornou-se o mais importante meio de transporte de mercadorias.
Para além de facilitar o comércio, o comboio alterou a vida das populações contribuindo para a deslocação de pessoas e bens de forma rápida e mais segura.

Consequências dos caminhos de ferro
Estimularam-se as trocas comerciais;
Desenvolveu-se o comércio  interno e o comércio entre diferentes países e diferentes continentes;
·                     Aumentou a produção agrícola e industrial;
·                     Deslocações tornaram-se mais rápidas e mais seguras;
·               Permitiu-se a circulação de produtos entre diferentes cidades e continentes;
O campo aproximou-se da cidade aumentando o êxodo rural;
     Criaram-se novas profissões como os ferroviários.

A primeira linha férrea Inglesa foi Projectada em 1825 contribuindo para o progresso da Engenheira.

SUBTÍTULO 5 - O LIBERALISMO ECONÓMICO


Doutrina económica que defendia a liberdade da iniciativa e de concorrência em que o estado não podia intervir na economia.
Esta doutrina defendia a liberdade na produção ,no comercio, na aplicação dos preços e nos salários.
O mercado devia ser de acordo com a “lei de oferta e da procura”.
A pratica destas ideias levou ao desenvolvimento de grandes impressas e desenvolvimento da Banca porque os empresariados faziam empréstimos para a construções das fabricas, para comprarem máquinas e matérias primas e para o grande comércio havia nova formas de pagamento (letras, cheques etc…)
Com o liberalismo económico formaram-se grandes concentrações empresariais ou monopólios.

SUBTÍTULO 6 - CONTRASTES E ANTAGONISMOS SOCIAIS

No século XIX houve um grande aumento da população sobretudo nos estados unidos, japão e europa, onde se registou um industrialização mais rápida.
As cidades cresceram muito, os camponeses abandonaram os campos e foram para a cidades à procura de melhores condições de vida e salários regulares.
A migração da população foi facilitada com os desenvolvimento dos transportes, pois tornou-se mais rápido e económico abastecer as cidades com alimentos
O rápido crescimento da população das cidades trouxe problemas económicos e sócias porque as pessoas sentiam-se desenraizadas, inseguras, aumentou a mendicidade entre aqueles que não se conseguiram adaptar pois não havia emprego para todos muitos tiveram que imigrar. Tudo isto trouxe como consequência o  aumento dos contrastes sócias entre a burguesia e o povo e o que vai dar mais tarde a movimentos sindicais.

SUBTÍTULO 7 - MODIFICAÇÕES DO QUOTIDIANO


O modo de vida das populações do século XIX sofreu alterações devido aos avanços científicos e técnicos na indústria e transportes e ao desenvolvimento económico que estes avanços provocaram.
Os habitantes das cidades foram, os primeiros a beneficiar dos progressos técnicos que tornaram a vida mais fácil e cómoda.
Passaram a existir hospitais, escolas, clubes, salas de espectáculo o que dava a ideia de uma vida melhor, mas o rápido crescimento das cidades trouxe problemas. Estas cresceram de forma desordenada, pois era difícil alojar as pessoas que emigravam para os centros urbanos.
Construíram-se novas ruas, praças, redes de abastecimento de água. mercados etc…
As pessoas concentraram-se em bairros da periferia e em grandes prédios contribuindo para a “ desumanização dos seus moradores e para um maior individualismo.

SUBTÍTULO 8 -SOCIADADE E MENTALIDADE BURGUESAS


A sociedade no séc. XIX era uma sociedade de classes isto é, a importância de cada um dependia da sua profissão do que fazia e possuía.
Nesta sociedade a burguesia ocupava um lugar de destaque era o grupo mais importante da cidade.
A Burguesia defendia princípios como o direito à propriedade, a ideia de família, a valorização do trabalho e da poupança, mas também o gosto pelo bem-estar e pela ostentação.
A burguesia dividia-se em alta, média e baixa.
A classe média, grupo de burgueses menos endinheirados, habitava nos novos bairros em confortáveis andares, era formada pelos médios empresários, médicos, professores jornalistas advogados….
A classe baixa era formada pelo proletariado que eram os operários que enchiam as cidades viviam mal, desempenhavam profissões e serviços.
A alta burguesia liderava a economia industrial e financeira.
A alta burguesia habitava em ricas e luxuosas moradias, rodeadas de jardins.
A alimentação da burguesia e da nobreza era abundante e variada.
A alta burguesia industrial e financeira liderava a economia influenciava o poder político.
Os burgueses tinham um tipo de vida característico. Interessavam-se pela política, pela instrução, pela música e pela moda.
Os seus divertimentos eram dar um passeio pelo jardim – passeio público, ir ao teatro, à ópera e ao café.
Impunham ao resto da população um certo modelo de vida, os seus valores e as suas formas de diversão.

SUBTÍTULO 9 - O OPERARIADO: PAUPERISMO E AGITAÇÃO SOCIAL

A industrialização e o crescimento das cidades levou a um aumento do operariado. Por outro lado a migração do meio rural para as cidades provocou um excesso de mão-de obra nas cidades, o que fez baixar os salários e muitos operários aceitaram trabalhar em más condições.

Para sobreviver, trabalhavam desde crianças em actividades muitas vezes duras e mal pagas.

Desempenhavam inúmeras profissões e serviços.
 As classes populares habitavam em bairros miseráveis, sem condições mínimas de higiene e segurança.
As casas eram velhas e apertadas.
 
A sua alimentação era pobre. Os mais necessitados chegavam a passar fome. O seu vestuário era simples e adaptado à profissão.
Doenças no operariado como a tuberculose e raquitismo.
Problemas de alcoolismo, delinquência e mendicidade.
Trabalhavam de 15 ou mais horas por dia.
Trabalho infantil e mão de obra feminina era mais barata.
A distância entre o operariado e a burguesia foi aumentando o que levou também a um descontentamento, revoltas e agitação social.
Foi neste ambiente que se desenvolveram as ideias do socialismo.

SUBTÍTULO 10 - MOVIMENTO SINDICAL


Devido ao pauperismo e à agitação social surgem às primeiras associações de operários, no início do século XIX em Inglaterra, que deram origem aos sindicatos.
Os primeiros sindicatos Ingleses uniram-se formando (Uniões de Sindicatos).
Estas associações chamavam à atenção dos governos e da restante população para as difíceis condições em que viviam os operários, lutando para que os patrões melhorassem as condições de trabalho e para que o governo apoiasse mais a população.
A greve passou a ser a principal forma de luta.
Em 1864, foi fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores pelos sindicatos Ingleses e franceses, sob a orientação de Karl Marx.

SUBTÍTULO 11 - O APARECIMENTO E A EVOLUÇÃO DAS IDEIAS SOCIALISTAS

A industrialização contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo gerando contrastes sociais entre a alta burguesia detentora das grandes fábricas e o operariado.
Foi neste contexto que surgiram os primeiros movimentos sindicais e as ideias socialistas
Alguns intelectuais do século XIX, perante as injustiças sociais, criticaram este sistema e propuseram um conjunto de medidas políticas para modificar a economia e a sociedade dando origem a ideias e doutrinas socialistas.
As propostas socialistas surgiram de pensadores franceses e Ingleses, cujas ideias foram consideradas impossíveis de realizar era chamado o “ socialismo utópico”.
 

Mais tarde os filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels fundaram o “socialismo científico



As suas obras – Manifesto do Partido Comunista e o Capital defendiam que para acabar com a exploração dos trabalhadores só era possível com uma revolução em que os trabalhadores tomassem o poder e instaurassem uma ditadura da classe operária.
Defendiam também a colectividade dos meios de produção substituindo o capitalismo pelo socialismo.